Mesmo com baixa da inflação, poder de compra dos brasileiros sofre impactos com alta carga tributaria

Ao final do mês, os consumidores sentem no bolso o preço de produtos mais caros. Isso porque, o ciclo de aumento nos preços tem relação com a alta carga tributária no País e os recentes aumentos em tributos diretos e indiretos, como combustíveis, preços de passagens de ônibus e alimentação. Além de IPTU e o IPVA, que também encareceram.

 

Alguns produtos hoje ainda estão mais baratos do que o período em que o Brasil viveu com a hiperinflação, porém mais caros do que há alguns anos. No último triênio (16-17-18), a inflação média geral acumulou alta de 21%, segundo o IBGE. Além disso, entre os 373 preços pesquisados pelo IBGE, 150, ou seja, 40% subiram acima disso. Apenas 25 tiveram deflação.

 

A carga tributária, embora seja um tributo cobrado apenas no início da cadeia produtiva, impacta diretamente no preço final do produto ou serviço prestado. É o que explica o consultor e contador Marcos Sá. “Entre os produtos que estão mais caros estão bens de consumo diário para alimentação como o bife, o feijão com arroz e o ovo, que atualmente estão recebendo esse impacto da cadeia produtiva.”

 

Alta do combustível

Entre as capitais do Nordeste, o Ceará registrou a maior alta no preço da gasolina, com uma média de R$ 3,98 por litro, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo. Entre Dezembro de 2017 e janeiro de 2018, o combustível no estado chegou a custar R$ 4,93, registrando aumento variável de quase 5%. Seguindo essa alta, logo depois do Ceará, aparece o Rio Grande do Norte (R$ 3,92) e a Bahia (R$ 3,75).

 

Em contrapartida e reação da alta do preço em virtude do cenário econômico, o consumo de combustivel, ainda segundo a Agência Nacional do Petróleo, recuou 2,6%.

 

Desemprego

Somente este ano, o desemprego no país atinge cerca de 12,7 milhões de pessoas. 60% de todo esse número se concentra na região Nordeste. Bahia está à frente, com 663 mil desempregados. Os dados são da pesquisa Pnad Contínua, por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Divulgada no último dia 23, o cenário representa preocupação, como analisa o contador Marcos Sá. “A alta dos preços estão sendo sentida e os brasileiros desempregados. Muitas das vezes somente uma pessoa da casa trabalha e sustenta duas, três, ou mais da família”.

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