Pandemia impactou negativamente 44% das empresas brasileiras em julho

A pandemia de covid-19 segue impactando negativamente os empreendedores brasileiros – é o que revela o terceiro ciclo da Pesquisa Pulso Empresa, divulgado nesta terça-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).De acordo com o estudo, na primeira quinzena de julho, 44,8% das 2,8 milhões de empresas brasileiras perceberam efeitos negativos da pandemia de covid-19. O efeito foi pequeno ou inexistente para 28,2% e para 27% os efeitos das medidas de isolamento social foram positivos.

As empresas mais afetadas são as pequenas, que têm até 49 funcionários e respondem por 2,7 milhões do total pesquisado. Nesta faixa, 44,9% sofreram impacto negativo. Nas médias, que têm entre 50 e 499 funcionários, o impacto negativo foi sentido por 39,1% e, entre as grandes, o percentual ficou em 39,2%. Já o impacto positivo foi sentido por 27% das pequenas empresas, 23,4% das médias e 25,3% das de grande porte.

Segundo o coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE, Flávio Magheli, os efeitos negativos da pandemia permanecem, mas houve melhora na comparação com a quinzena anterior, quando o impacto negativo atingiu 62,4% das empresas.

Para Marcos Sá, contador e consultor financeiro, a pequena melhora pode ser creditada à expansão da reabertura de vários setores econômicos. “Essa medida, tomada com a cautela necessária, tem sido fundamental para evitar que as muitas pequenas empresas, que já estão sem caixa para pagar suas dívidas, quebrem”, pontua.

Vendas

A queda nas vendas na primeira quinzena de julho, atribuída à covid-19, foi relatada por 46,8% das empresas. O efeito foi pequeno ou inexistente para 26,9% e positivo para 26,1%. O comércio varejista (54,6%) foi o mais impactado nas vendas; seguido pelos serviços profissionais, administrativos e complementares (48,1%) e de serviços prestados às famílias (47,7%). A queda nas vendas na indústria foi relatada por 40,8% das empresas do setor e na construção por 31,9%.

Perceberam aumento nas vendas no período analisado 40,5% das empresas de comércio de veículos, peças e motocicletas. No comércio como um todo, o percentual é de 32,7% e, na indústria, 28% das empresas aumentaram as vendas.

Demissões

Segundo os dados da pesquisa do IBGE, 80,7% das empresas não fizeram alteração no quadro de funcionários na primeira quinzena de julho. Em 13,5% houve demissões e 5,3% contrataram. O maior percentual de empresas que demitiram é entre médias e grandes, num total de 380 mil empresas que diminuíram o quadro. Em 70,8% das que demitiram, a redução foi de até 25%.

Do total de empresas, 22,4% anteciparam férias dos funcionários, 38,7% adotaram trabalho domiciliar, 12,8% acessaram linha de crédito emergencial para pagamento da folha, 37,6% adiaram o pagamento de impostos, 32% alteraram o método de entrega de produtos ou serviços e 18% lançaram ou passaram a comercializar novos produtos ou serviços.

Reforma tributária pode aumentar preço de serviço

Todas as pessoas minimamente informadas já ouviram falar sobre a Reforma Tributária. O assunto está sendo discutido, diariamente, em programas de rádio, televisão, mas também em sites e, claro, nas redes sociais. Toda essa repercussão é facilmente explicada, já que a aprovação do projeto impactará, de uma forma ou de outra, todos os brasileiros.
O Projeto de Lei 3887/2020, que vem causando todo esse burburinho, foi enviado pelo Governo Federal, no dia 21 de julho, para ser analisado em paralelo a outras duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs), que já tramitavam no Legislativo, a 45 e a 110. A expectativa é que a medida seja aprovada até o fim do ano.

Pensando em facilitar a aprovação do projeto, o governo federal decidiu enviar a reforma em partes, sendo a primeira delas a que diz respeito à unificação de dois tributos federais, o PIS/Pasep e a Cofins em um só: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). “A proposta é que o CBS tenha uma alíquota geral de 12% e um regime não cumulativo. O modelo de imposto no qual o CBS se inspira tem ampla experiência internacional e é adotado pelos países da União Europeia e pelos Estados Unidos”, pontua Marcos Sá, contador e consultor financeiro.

O setor de serviços é um dos que têm tido as reações mais negativas à proposta. A Associação das Universidades Particulares (Anup), por exemplo, criticou o projeto argumentando que geraria uma onda de alta nas mensalidades do ensino superior privado e representaria o fim do ProUni. “De fato, o impacto tende a ser grande nos serviços. Isso porque o setor tem uma cadeia produtiva pequena, além de poucos insumos que geram crédito tributário, o que acaba inviabilizando as deduções. Para compensar o aumento do imposto, os empresários podem acabar optando por aumentar o preço dos serviços”, ressalta Marcos Sá.

Simples
De acordo com a proposta do governo, o Simples Nacional será mantido. Com isso, os cerca de cinco milhões de micro e pequenos empreendedores do regime tributário continuarão pagando uma alíquota menor. Assim, o cabeleireiro e a massagista, por exemplo, poderiam não ser afetados, mas a rede de ensino privado, sim. Por isso, existe a possibilidade de reajuste das mensalidades. Empresas de serviço, como academias, que façam parte de uma grande rede, em esquema de franquia, também podem estar enquadradas no Simples, fugindo assim da alíquota de 12%.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, admitiu a possibilidade de aumento de preços em alguns setores. Ele disse que “não existe reforma tributária nula”, que sempre há ganhadores e perdedores. E destacou que, ainda que haja aumento de preços em alguns segmentos, pode haver redução em outros, e que o governo espera, de forma geral, um equilíbrio.

Fôlego
Outro ponto do projeto de lei do governo que tem gerado bastante discussão é o que define uma alíquota diferenciada para instituições financeiras. Em vez de 12%, elas pagariam 5,8% de CBS, mas permaneceriam no regime cumulativo – sem a oportunidade de deduções. Mostrando-se também insatisfeita, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse ter feito as contas e verificado que a alíquota (de 5,8%) geraria, na verdade, um aumento de carga tributária para o setor.

Caixa libera saque emergencial do FGTS para nascidos em maio; confira calendário

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Dinheiro só será liberado para saque ou transferência para outra conta bancária a partir de 19 de setembro.

Os trabalhadores nascidos em maio começaram a receber, nesta segunda-feira (27), o crédito do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O pagamento, de até R$ 1.045, está sendo realizado por meio da conta poupança digital da Caixa Econômica Federal.

Instituído pela Medida Provisória 946, o saque emergencial do FGTS tem como objetivo ajudar os trabalhadores afetados pela pandemia de Covid-19. A estimativa é que o Governo Federal injete R$ 37,8 bilhões na economia, beneficiando cerca de 60 milhões de profissionais. O valor do saque é de até R$ 1.045, considerando a soma dos valores de todas as contas ativas ou inativas com saldo no FGTS. Cada trabalhador tem direito a receber até um salário mínimo (R$ 1.045) de todas as contas ativas e inativas do fundo.

“Neste primeiro momento, o dinheiro poderá ser movimentado apenas por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de boletos, compras com cartão de débito virtual em sites e compras com código QR em maquininhas de cartão de lojas parceiras, com débito instantâneo do saldo da poupança digital”, explica o contador Marcos Sá. “O dinheiro só será liberado para saque ou transferência para outra conta bancária a partir de 19 de setembro, para os trabalhadores nascidos em maio”, finaliza.

O calendário de crédito na conta poupança digital e de saques foi estabelecido com base no mês de nascimento do trabalhador. Confira na tabela quando acontecerão as próximas liberações.

Foto: divulgação

Fonte: https://publicoa.com.br/caixa-libera-saque-emergencial-do-fgts-para-nascidos-em-maio-confira-calendario/

Expectativa de vendas pós-quarentena anima empreendedores

Datas comemorativas sempre despertam perspectivas positivas para o segmento do comércio. Neste ano, para o Dia dos Pais, as expectativas em Fortaleza ficam ainda maiores, pois é a primeira data comemorativa em que a lojas estão abertas depois de um longo período em isolamento social rígido.

“Em Fortaleza, o funcionamento do comércio e dos shopping centers está voltando, aos poucos, ao normal. A nível nacional, de acordo com Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, a movimentação no Dia dos Pais deve ser de R$ 18 bilhões. Esse é o momento em que muitos micro e  pequenos empreendedores usarão para tomar o primeiro fôlego desde o início da crise gerada pela pandemia de Covid-19”, analisa Marcos Sá, consultor financeiro.

Para Fabrício Pereira, pequeno empreendedor, a data pode trazer um alento para esse momento de retomada. Para o Dia dos Pais, preparou alguns kits jardinagem e vem ofertando produtos específicos nas redes sociais. “Ofertamos vasos e demais artigos como substratos, adubos, pás, regadores e itens para poda, estamos na expectativa de um aumento nas vendas de até 30% esta semana”, afirma o jardinista.

Apesar do impacto negativo na renda da população neste período pós-isolamento social, a pesquisa da CNDL, em parceria com a Offer Wise, aponta que 58% dos brasileiros pretendem presentear no Dia dos Pais – o que representa que mais de 92 milhões de pessoas devem ir às compras. A previsão é que, do total, 39% dos consumidores realizem compras pela internet, 24% nos shopping centers e 16% em lojas de departamento. A procura por espaços além dos físicos se deve por conta da insegurança que as pessoas ainda têm em enfrentar aglomerações e se submeterem a riscos que impliquem no contato com o novo Coronavírus.

Expectativa de vendas

Com o ingresso de Fortaleza na terceira semana da fase 4 de retomada econômica, a indústria e o comércio reiniciaram o funcionamento pleno das atividades. Nos shopping centers, que, conforme o novo decreto estadual, podem voltar a funcionar até às 22 horas, a expectativa é que a vendas aumentem 9% e, a circulação, até 20%. Tais fatos apontam a necessidade do preparo, por parte dos microempreendedores, para receber os clientes, que estão mais cautelosos nesta nova realidade.

Ainda sobre o mundo virtual, a expectativa do e-commerce para o Dia dos Pais é bastante positiva. A Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm) estima alta das vendas com o número de pedidos chegando a 8,43 milhões, com tíquete médio de R$ 373,00 e geração de R$ 3,15 bilhões em faturamento. O valor representa alta de 23% sobre o ano passado. Setores de informática, celulares, eletrônicos, artigos esportivos, moda e acessórios são destaque. A Synapcom, especialista na oferta de soluções full commerce, apresentou projeção mais elevada para o período: incremento de 95%, tendo destaque as áreas de consumo, home e tecnologia e moda.

De acordo com Marcos Sá, os micro e pequenos e empreendedores devem usar as vendas do período como base para as próximas datas, como Dia das Crianças e Natal. A ideia é que os dados ajudem a antever os  investimentos necessários e os possíveis lucros que virão. “Organização e planejamento são peças fundamentais para enfrentar essa crise”, finaliza o consultor financeiro.

fonte: http://cnews.com.br/cnews/noticias/153176/expectativa_de_vendas_pos-quarentena_anima_empreendedores